quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Sobre o que eu deveria ter dito mas resolvi escrever


Então a gente se apaixonou. Perdidamente. Loucamente. Aquela paixão que dá um quentinho no coração e você chega a acreditar que, depois de tanto procurar e até desanimar, encontrou o amor da sua vida. Amor? Sim, amor! Palavra que até então era sinônimo de pedra e chinelo. Não tinha importância. Passava sem ninguém notar.

A paixão nos tempos de tecnologia, proporcionou pra gente ficar perto o tempo todo, compartilhar a vida, mandar bom dia as 5 da manhã e boa noite quando os olhos não aguentavam mais abertos. Eram vídeos, fotos, musicas e mais uma imensidão de coisas que, pra quem está apaixonado, fazem todo o sentido.

E quando estávamos juntos? Parecia que o mundo era só nosso. Que não existia mais ninguém além de nós mesmos. Um abraço que fazia o rosto corar. Tem detalhes que ninguém vai conseguir entender. Os apelidos, as risadas o cheiro de baunilha. Parecia que não ia ter fim, nunca. Mas teve.

Na sexta feira o mundo começou a desmoronar de manhã bem cedo. O nosso bom dia, veio carregado de revelação, de frustração e de tristeza. Não posso dizer como você se sentiu, mas pra mim, foi um dia triste, nublado, de não querer levantar da cama. Aquele dia que a gente pensa no assunto o tempo todo, não se concentra, não foca em nada. Só senti aquela dor invadindo o lugar que antes era tão quentinho. 

E aí, que a gente não conseguiu se desligar durante um bom tempo, tenho pra mim que foi um encontro de alma, coisa de outra vida,além do que se pode entender. Nós agarramos com força naquele sentimento que parecia tão verdadeiro e tentamos achar uma solução para o que existia ali no meio. Mas não teve nenhuma. Só teve distância e uma história confusa.

Depois de tudo isso, não dava mais pra ouvir o Ed com os mesmos ouvidos, a música tinha significado, sentido. Também não dava pra comer Esfirra, ir ao shopping, ver Friends. Tudo isso doía de uma forma que minha cabeça não entende. Não libera.

Mas, devagar as coisas meio que voltavam ao normal, a vida segue e o mundo está cheio de gente. Os dias vão passando, os meses...Vou te contar que não tem um dia que eu ainda não penso em você. E doi, doi muito. Como se tudo tivesse acontecido ontem, memória fresca. Acredito que ainda faz sentir porque a gente não terminou direito, foi abrupto, não teve sentido.


Escrevo então, porque pra mim escrever é mais fácil que falar, pra acabar com tudo, pra dizer que você ainda está comigo e que não se passa um dia sem que meu pensamento não vai encontrar você, mas eu preciso ir. Preciso me apaixonar por outras pessoas. Eu preciso seguir em frente. E espero que você tenha seguido, com a sua vida, com as pessoas que você ama e que quer bem. 

E, se tem mais uma coisa que eu quero te escrever, é que você seja feliz, seja livre, continue ficando vermelho com coisas bobas e que, de certa forma, também não me esqueça. Torça muito por mim. E siga em frente.

Pra mim ainda doi, ainda pega, ainda aperta, mas tá indo. E levo comigo a certeza de que qqr dia dessa vida, de uma outra, a gente ainda se esbarra e tudo funcione como deveria funcionar. 


Nota: Esse texto é obra de ficção e não tem nenhuma relação com a realidade. Ou tem. Nunca se sabe o que acontece na vida das pessoas. 

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